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segunda-feira, 31 de julho de 2017

A vasta ilusão de maya me desconstrói como
a linguagem pisada
Mallarmática
Eu procuro encontrar pessoas
entre pessoas herméticas
e saio faço sexo e nisto
possuo sentido

                                                                  no cais da barca, 29/07/2017




Na introspecção
eu filosofo e por
isso mergulho para além do que suporta
a baía
distante de atingir alguém
ser lido por alguém
e salvo por ninguém

                                                                  ainda no cais da barca

o que me cura

No hospital do câncer
vence aquele que encontrar
o caminho da cura
- seu caminho pessoal de
cura
Que seja o mistério o
silêncio entre duas coisas ditas
aquilo que não é ou o é
só para ti
o teu caminho te cura
Deixa eu te ajudar
caminho contigo e auxilio teu
passo lento e doente
Do átrio vejo desenrolar
a poética hospitalática
no meio um vazio - grito
que se faz ouvir em treze andares
grito que se perde
que seja isso o que me cura

sábado, 1 de julho de 2017

Cores do céu

Um azul escuro que não deseja estar ali
e por isso opaco
abriga
um grão de luz -
LUZ DE HISTÓRIAS ORIGINÁRIAS
degradê violento até chegar ao laranja-terra
E as nuvens jogadas em nós como se estivéssemos
sob um lençol transparente esticado

junho de 2017