Pages

domingo, 21 de maio de 2017

Escrevo-me como se para ti
e gostaria de lhe dizer
que o nosso breve encontro
carnaval casual e parisiense
foi o suficiente para rebuliçar
me deixar doido até abandonar Deus
Este que me ama ou nega?

Tu, nunca me amaste ou amarás
Me deixou rebuliçado e pensando em como
era bom entrelaçar e escutar a sua vida
que pulsa revolucionária
Eu ia te revolucionar, te garanto
Melhor: desejo que você o faça por si
Mais do que a tua alegria. Que aches a plenitude na tua vocação, a Revolução.
Ou será esta a minha?

Sinto a tua falta.
Antes, voavas pesadamente de mim
De repente cada vez mais leve,
e me vejo neste estado de amor tão
buda.

Mantenho minha cabeça ocupada,
por força, de birra, até cansar
Até achar o que realmente me completa.
Espiralo, sou indefinido e não sou
de retas.

Escurece, espero não ser acordado pela ferida -
corro da solidão - mantenho-me ocupado
Passam pássaros finos de papel, e a água
é tanta água sob meus pés
Vou flutuando na baía que um dia
admirei absorvido contigo

0 comentários: